There is always a catch
Tinha entrevista marcada através do Whatsapp para uma vaga de estágio em Recursos Humanos. A empresa é conhecida, fica a 40 minutos de onde moro e o estágio seria para 6 meses. A entrevista durou meia hora, a recrutadora foi bastante simpática e directa e até não correu muito mal (digo eu).
Mas (há sempre um mas), a recrutadora foi bastante sincera. Não há qualquer possibilidade de continuar na empresa depois do estágio (ao que parece a empresa não quer contratar mais gente por isso vive dos estágios), o salário seria de 600€ mais subsídio de alimentação recebidos por inteiro porque eles não fazem descontos para a Segurança Social e, por conseguinte, eu também não faria, o que significa que depois do estágio não teria direito a subsídio de desemprego (e a única coisa pior que estar a receber o subsídio de desemprego é estar desempregado e não ter direito a ele). Também foi bastante directa e disse que é muito trabalhoso, implica muita resiliência e gestão de stress e às vezes é necessário fazer horas extra (outra vez isto? Mas virou moda? Era feliz na Wells e não sabia...) embora entrem para banco de horas (menos mal). Ah, e seria para começar na próxima segunda-feira!
Fiquei sem saber o que fazer. Por um lado gostava de ter a oportunidade de poder adquirir conhecimentos na área de Recursos Humanos numa empresa de renome. Por outro, estou cansada das condições de trabalho precário a que tenho sido sujeita nos últimos tempos. E portanto, depois da chamada de Whatsapp fui enviar candidatura para um hipermercado.