Habemos casa!
Os últimos tempos têm sido uma azáfama. No final do ano passamo fomos ver várias moradias para comprar e houve uma que gostámos. Fica um pouco mais longe do centro e dos empregos mas é uma moradia, tem espaço exterior e é um T3. Desde então, mostrámos a casa aos familiares, uns gostaram, outros ficaram de pé atrás, mas decidimos seguir a nossa intuição e a verdade é que a primeira vez que fomos ver a casa, quando vínhamos embora falámos de como nos conseguíamos imaginar naquela casa, com filhos, com mais gatos, eventualmente cães e de como a casa preenchia os nossos principais requisitos.
Então decidimos avançar com uma proposta, e depois de quase um mês de negociação intensa, a proprietária da casa aceitou a nossa proposta final! Mas nem tivemos tempo de festejar, o moço ficou em pânico (o que não é nada comum) e eu estou mais calma do que seria de esperar (considerando que eu sou sempre a pessoa que panica antecipadamente). No entanto, ainda bem que não estamos os dois em pânico!
E agora passamos à fase de pedir créditos ou emprestado à família, tratar de burocracias, de pensar em como combinar a saída do apartamento onde estamos e fazer as mudanças para a nova casa e até em comprar mobília e electrodomésticos, porque como estivemos sempre em apartamentos mobilados ou semi-mobilados, temos pouca coisa que seja nossa.
Podem pensar que somos loucos por estarmos a fazer isto nesta altura, mas a verdade é que está cada vez mais incomportável ter a filha do senhorio a morar no andar de baixo: é o barulho, é o aumento das contas, foi o aumento da renda, é o sentimento de instabilidade porque não sabemos quando nos iam querer mandar embora... E infelizmente só em Agosto do ano passado fiquei efectiva no emprego, pelo que não quisemos avançar com isto antes porque não queríamos ter fiadores no crédito bancário e ter de pedir a alguém esse favor.
Mas apesar de todo o cansaço e de toda a confusão, há pontos positivos: estamos a avançar com a nossa relação, com a nossa vida, a fazer planos futuros e a concretizar objectivos nesse sentido. E essa é uma sensação fantástica.