À procura de casa
Não tem sido fácil, há poucas casas decentes para venda, o que mais se vê são casas a precisar de obras monumentais (e não podemos optar por isso porque não podemos esperar para nos mudar e fazer obras demora imenso tempo) ou então casas novas ou renovadas que estão muito acima dos valores que queremos/podemos pagar.
Encontrar uma casa que preencha a maioria dos nossos requisitos é como encontrar uma agulha num palheiro. E depois coloca-se uma outra questão: como saber se aquela casa é "a tal"? Como saber se é o momento ideal para comprar? Será a altura certa para pedir crédito?
E depois a questão que nos está a consumir de momento: pedir empréstimo bancário ou pedir emprestado a familiares? Apesar de no conjunto ficar mais caro pedir ao banco, eu preferia esta opção porque pelo menos sei que não gera confusões familiares. E como não sabemos que valores os familiares estão dispostos a emprestar ou os juros que vão cobrar (porque sim, estes familiares cobram juros embora em princípio não sejam tão altos como os do banco) ou o que acontece no caso do familiar que emprestou falecer, eu preferia pedir ao banco e livrava-me dessas questões. Já o moço, influenciado pela família que é completamente contra pedir dinheiro aos bancos e toda a favor de pedir emprestado à família, está inclinado para essa opção.
Eu já cheguei ao ponto de lhe propor dividir o valor do imóvel e ele pede a parte dele aos familiares e eu peço um empréstimo ao banco para pagar a minha parte. Porque eu já sei o que vai resultar daí, depois os familiares comentam tudo o que nós fizermos e sentem que têm direito a opinar sobre a nossa vida. E se há coisa que eu valorizo muito é a minha liberdade e o meu livre-arbítrio, por isso prefiro pagar mais ao banco e estar de consciência tranquila.