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Brainstorming 2.0

Um blog que é basicamente um consultório de um psicólogo onde se fala de tudo sem restrições ou medos.

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A adicção das redes sociais

    As redes sociais são um "pau de dois bicos", "uma faca de dois gumes", o que quiserem: têm aspectos positivos e outros negativos, como em tudo, é preciso saber usá-las da melhor forma. 

   Por um lado, são excelentes para nos aproximar de amigos e familiares e até para conhecermos pessoas que nunca teríamos oportunidade de conhecer não fossem estas tecnologias.

   Por outro lado, as redes sociais são de certa forma uma utopia, porque o que lá vemos é tudo menos a realidade. Aliás, eu própria me sinto mal ao fazer scroll no Facebook ou no Instagram porque é tudo maravilhoso, toda a gente está de férias, super apaixonada, com hábitos muito saudáveis e vai ao ginásio ou vai correr, todos são promovidos no emprego e têm uma família maravilhosa. Só que não. Cada um de nós mostra apenas o que quer que os outros vejam e ninguém quer mostrar a parte em que se chateou com o namorado, ou as quezílias familiares ou o quanto odeia o emprego que tem. É também uma anarquia porque em "terra de ninguém", não havendo regras ou leis, cada um pode dizer o que quer e de forma muito mais fácil porque o faz olhando para um ecrã e não olhando outra pessoa nos olhos.

   Mas isto das redes sociais não é uma obrigação, embora muitos sintam que o é, por receio de ficarem excluídos do que se passa na vida dos outros. Só lá está quem quer. Eu própria só criei Facebook e Instagram depois de sair da universidade para conseguir manter contacto com as pessoas, coisa que quando começamos a trabalhar se torna muito mais difícil. E a minha experiência com o Tik Tok é quase nula: o meu homem disse para eu criar conta e ver por mim como aquilo era, não achei piada nenhuma, apaguei a conta e desinstalei a aplicação do telemóvel (P.S. acho que estou a ficar velha).

   Quando estive desempregada após o estágio profissional, em plena época após primeiro confinamento Covid, sentia-me pessimamente depois de ver as publicações das pessoas a dizer que estavam a voltar ao trabalho e a regressar à "normalidade". O que fiz eu? Simplesmente deixei de ir às redes sociais durante umas semanas até eu mesma encontrar trabalho e sentir que podia ver as publicações e não me sentir uma inútil. Não apaguei as minhas contas, mas fiz um detox. E mesmo hoje em dia, raras vezes publico alguma coisa e só costumo estar nas redes sociais 5 minutos de manhã e 5 minutos à noite (com excepção do Messenger e do Whatsapp que uso para enviar mensagens).

   Como em tudo, é preciso usar com precaução. As redes sociais não são completamente negativas mas o apagão do Facebook, Instagram e Whatsapp no início desta semana mostrou que muita gente está completamente dependente destas tecnologias. De certa forma é como estar dentro de um videojogo, cada um cria a sua personagem. Eu nem me tinha apercebido que não estavam a funcionar, primeiro estive a trabalhar, depois cheguei a casa tinha coisas para fazer como o jantar e o almoço para o dia seguinte. E quando me sentei no sofá, estive a terminar o livro que andava a ler. Não fosse o meu homem a dizer que as redes sociais estavam offline, só ia ter noção disso mais tarde, antes de ir para a cama.

   Será que somos mais felizes quanto menos envolvidos estivermos nas redes sociais? Não sei, mas sei que seremos certamente mais livres.

Imagem retirada do site Medium.com

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