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Brainstorming 2.0

Um blog que é basicamente um consultório de um psicólogo onde se fala de tudo sem restrições ou medos.

Brainstorming 2.0

Um blog que é basicamente um consultório de um psicólogo onde se fala de tudo sem restrições ou medos.

Pensavam que já tinha acabado a saga do senhorio?

   Ah, ah, só que não! Parece que ele ontem ligou ao moço a dizer que tinha más notícias: ele tem o valor da caução do lado dele e vai subtrair daí o valor das despesas dos 2 meses que faltam pagar. Mas diz que as despesas são 300€ (sendo que nunca tivemos despesas mensais no valor de 150€, pelo que seria algo inédito) mas nem sequer apresentou as faturas como prova desses valores.

   Além disso, diz que vamos ter de pagar a troca do soalho da sala e as cadeiras que diz que foram arranhadas pelo gato. Ora, nós nunca lhe dissemos que tínhamos animais, apenas a filha dele sabia e obviamente que lhe contou. E se tivesse sido eu a falar com o senhorio, ia querer saber o porquê de ele achar que é um gato, porque podia ser um cão, um coelho, um porquinho da índia...

   A questão é: o gato não arranhou as cadeiras, disso nós temos a certeza, aquilo é tecido do género de uma pele sintética e as cadeiras já eram velhas (uma até já estava partida quando fomos para lá). Como estão na cozinha, que era uma marquise, e sujeitas a variações grandes de temperatura, o tecido desgastou-se e ficou "rachado". Já o soalho, temos alguma culpa no cartório mas deve-se a algo que o senhorio também nos obrigou a fazer: como não podíamos ter animais de estimação, arranjamos um parque fechado onde o gato ficava quando não estava ninguém em casa. Mas como o terraço tinha uma inclinação, entrava água por baixo da porta que dava acesso ao terraço, o facto de ter a tenda lá perto não ajudou porque o soalho não arejava e ficou mais escuro. No entanto, se eu pudesse ter o gato lá em casa sem receios do senhorio, não teria de ter uma tenda para ele e o soalho tinha ficado igual (já para não dizer que aquele soalho só pode ser limpo com uma mopa, deve ser um soalho especial).

    Eu estou cheia de vontade de denunciar o senhorio ao fisco, além do contrato de arrendamento não ter sido legalizado, nunca nos passou recibos e temos quase a certeza que as obras que ele fez no apartamento para transformar o duplex em dois apartamentos independentes são ilegais.

   E sim, é verdade que eu não vou com a cara do senhorio desde o início por causa da situação dos animais de estimação. No anúncio não mencionava nada sobre esse assunto e quando a filha dele nos mostrou o apartamento também não falou sobre isso. Quando nos reunimos com ela 2 dias depois para pagar uma renda adiantada e a caução, disse-nos que o senhorio não gostava muito mas para não lhe dizermos nada que não ia haver problema. Quando nos mudámos para o apartamento e no dia seguinte o senhorio nos apresenta um "contrato" para assinar com uma claúsula que diz que é proibido ter animais de estimação no apartamento, o que era suposto fazermos? Abandonarmos o gato e a coelha, que ainda estava connosco naquela altura? É ridículo já para não mencionar que é ilegal. 

   E ainda temos a questão de se são proibidos animais no apartamento, como é que a filha dele pode mudar-se para o apartamento de baixo com uma cadela que passava o tempo todo a ladrar e que eu ouvi várias vezes a arranhar a porta da entrada?

   Estou profundamente irritada e com uma vontade enorme de o denunciar às finanças. Gente desta merece sem dúvida pagar pelo que faz.

Já estamos no nosso cantinho!

   Ando desaparecida daqui mas por um bom motivo: comprámos casa e andámos a fazer as mudanças e a tratar das burocracias todas! Mas felizmente e finalmente já estamos no nosso cantinho.

   O primeiro dia foi estranho porque estávamos habituados a um T1 minúsculo em que a única divisão em que podíamos estar mais confortáveis era a sala, porque a cozinha era uma marquise e o quarto ficava numa divisão de águas furtadas, e portanto estávamos sempre na sala. Quando nos vimos num T3 com espaço exterior foi estranho e andávamos sempre a chamar um pelo outro porque estávamos habituados a estar sempre juntos. Agora já percebemos que até é vantajoso ter espaço e estarmos à nossa vontade!

   O ponto menos positivo é que como estou tão confortável em casa, nunca me apetece ir trabalhar. Quando estávamos no apartamento e havia aqueles dias difíceis em que os vizinhos faziam mais barulho, eu pensava ainda bem que vou trabalhar porque me dá um motivo para sair daqui, mas agora não tenho motivos para ir trabalhar! Quer dizer, além do facto de receber o salário para depois pagar a casa, claro...