Em pouco mais de um século, será esta a terceira Guerra Mundial?
Acho que está na altura de limitar a quantidade de poder (e já agora de riqueza) que algumas pessoas têm, nas mãos erradas geram o caos. Não digo que todos tenhamos de ter o mesmo nível de poder e riqueza mas dar todo o poder a apenas um pequeno número de pessoas é ridículo. Um só homem pode decidir sozinho fazer uma guerra. Pior, uma guerra que prejudica os inocentes, não aqueles que estão envolvidos. Enraivece-me profundamente que mandem mísseis em zonas residenciais, onde moram pessoas comuns, como nós, que não têm nada a ver com o assunto. Querem andar às "guerrinhas"? Juntem-se os todo poderosos do G7 e coisas do género e entretenham-se com joguinhos do género Squid Game, mas só entre eles.
A sério, estou tão irritada que nem consigo ver as notícias porque me causa uma angústia gigante. Acho que o ser humano vai ser a primeira espécie a causar a sua própria extinção, destruindo-se uns aos outros, o seu habitat, o seu planeta...
Sou muito fiel aos meus valores e ideais. Recuso-me a mudar ou a ir contra os meus valores para agradar a alguém e muito menos para manter um emprego. Se os valores da empresa não vão de encontro aos meus, então sei que o meu futuro não é ali.
Tenho vários colegas que se vergam ao que os chefes querem, que os seguem sem questionar, apenas para que os chefes não se virem contra eles e lhes passem a mão nas costas. Já eu tenho optado por não o fazer e à conta disso tenho sofrido represálias a vários níveis. E tem-me custado imenso, há dias em que desabo por completo quando chego a casa depois de mais um dia de trabalho insuportável e em que sou acusada de tudo e mais alguma coisa.
Mas encontro conforto no facto de não fazer o que os outros querem se vai contra os meus princípios. Estou de consciência tranquila. E o facto de ter uma boa rede de suporte social que me dá força para não desistir e reforça que estou a fazer o mais correcto em não me deixar corromper pelos meus chefes, deixa-me mais descansada.
Porque isto é temporário. Não quero nem vou ficar ali muito mais tempo, é pensar que tenho de aguentar por um bem maior, porque um dia hei-de encontrar um local de trabalho que me respeite e com o qual me identifique mais. E entretanto vou sonhando com o dia que vou entregar a minha carta de despedimento e libertar-me daquele inferno.
Não é algo de que me orgulhe, de todo, mas o meu "saco" está a encher e tenho de admitir uma coisa: estou a ser vítima de bullying no trabalho. Inicialmente foram as colegas mais antigas que me colocaram de parte, o que afectou a minha integração e principalmente a aquisição de conhecimentos necessários para realizar tarefas. Não havia nenhuma razão para isso, parece que quase todos sofreram em certo nível do mesmo, mas como eu sou mais calma e introspectiva e menos assertiva acabei por ser mais prejudicada.
Agora é a própria chefe a bully. A chefe é uma pessoa intragável, com características que chegam a roçar a sociopatia, como já fui descrevendo superficialmente nos últimos meses. Só que ela percebeu que eu não sou pessoa de "lamber botas" e fingir o que não sinto e não entro nos esquemas dela de falar mal dos meus colegas para criar drama e nos virar uns contra os outros. Apesar dos meus colegas a odiarem, tal como eu, eles disfarçam muito melhor na frente dela. Então passei a ser a ovelha negra lá do sítio. Tudo o que faço está errado: se faço uma tarefa, é porque devia ter feito outra; não vendo tanto como os meus colegas (pudera, ficam com os clientes a quem dou orçamentos e eu, que não presto atenção ao login em que estou quando faço vendas, acabo por fazer ainda mais vendas em nome deles); não tenho espírito comercial; não faço as formações online que devia fazer, etc, etc. Chego a levar na cabeça por coisas que os meus colegas fizeram e com as quais não tenho nada a ver!
Quando estamos só as duas em loja, massacra-me com tudo e mais alguma coisa. Quando está mais algum colega, ignora-me (esta parte até é boa, ando descansada durante um bocadinho). Dá-me sermões em frente aos colegas, ontem fê-lo em frente a um comercial externo à empresa e já o fez em frente a clientes. Está a tornar-se insuportável e ela chegou ao cúmulo de me fazer um ultimato em que se não mudo, me manda a tempo inteiro para outra loja que fica mais longe de casa (logo, não posso ir a pé).
A minha decisão de ir embora foi tomada logo passado um mês de lá estar quando despediram a optometrista que trabalhava comigo na outra empresa. A forma como o fizeram mostrou-me logo o carácter dos meus chefes (ou a falta dele). Mas estou à espera do timing certo. Sendo obrigada a dar 2 meses de aviso prévio, preciso de acumular dias de férias e subsídios de Natal e de férias para cobrir o custo da indemnização e poder vir embora sem ter de lhes devolver dinheiro, por isso deveria aguentar pelo menos até ao final de Março.
Mas não vai ser fácil. Aliás, já não está a ser fácil.