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Brainstorming 2.0

Um blog que é basicamente um consultório de um psicólogo onde se fala de tudo sem restrições ou medos.

Brainstorming 2.0

Um blog que é basicamente um consultório de um psicólogo onde se fala de tudo sem restrições ou medos.

São factos

    Ontem a minha mãe testou positivo ao Covid novamente.

    Da primeira vez ficou de cama, esteve 6 semanas de baixa, teve vários sintomas de nível moderado e, mesmo depois de testar negativo, continuou com alguns sintomas, nomeadamente cansaço, dificuldade de respiração e problemas cardíacos. Isto foi em Outubro/Novembro de 2020, antes de existir qualquer vacina para a Covid.

   Desta vez, ela fez o teste apenas por precaução porque trabalha num lar de idosos e alguns deles e algumas colegas dela já tinham testado positivo. Ela ontem testou positivo mas diz que não tem quaisquer sintomas, excepto algum corrimento nasal. Vai ficar uma semana em isolamento em casa mas conta voltar já na próxima semana ao trabalho porque diz que se sente bem. Ela já tomou as 3 doses da vacina. 

    E na próxima sexta, eu também vou tomar a terceira dose, marquei a vacinação assim que ficou disponível para maiores de 25 anos.

Bem, é aguentar mas não me peçam para fazer cara alegre

  1. Uma amiga minha que trabalha numa parafarmácia/óptica disse que vão abrir vagas para lá e eu estou muito interessada em candidatar-me mas ao que parece quando pedem pessoas para lá, precisam delas no imediato e isso significa que não consigo dar tempo nenhum de aviso prévio à empresa onde estou e eu devia dar 2 meses de aviso prévio, portanto mudando de trabalho iria ter um mês onde além de não receber salário ainda ia ter o prejuízo de pagar a indemnização à empresa.
  2. Entretanto essa minha amiga disse que já tinham arranjado alguém e nem chegaram a abrir a vaga.
  3. No último fim de semana, o irmão do moço, que já trabalhou como mecânico, mudou o óleo do meu carro, porque fica muuuiiito mais em conta do que ir a uma oficina. Entretanto falei-lhe que a manete da caixa de velocidades está muito dura quando pego no carro, passados 5 minutos fica bem mas nesse tempo mal consigo trocar de mudança (ontem fui a casa dos meus pais e os primeiros 5 a 10 minutos de viagem foram um jogo de "deixa lá ver se consigo fazer isto sem trocar de mudança"). Ora, parece que vai ser preciso trocar a caixa de velocidades, o cunhado não tem equipamento adequado para fazer isso e segundo as previsões dele, numa oficina são capazes de me cobrar por volta de 500€ nesta brincadeira (coisa pouca, são SÓ 2/3 do meu salário!).

   Portanto, juntou-se o útil ao agradável e vou ter de aguentar mais uns meses no emprego onde estou para poder pagar o arranjo do carro e poupar mais uns trocos para quando quiser sair de lá e  poder pagar a indemnização. Devia estar com vontade de gritar e mandar isto tudo para um certo sítio mas acho que já me conformei, tenho de esperar que os planetas se alinhem. Além disso, o mais difícil, que é tomar a decisão de sair deste emprego, já está feito. Só falta mesmo encontrar outro emprego, um timing melhor e entregar a carta de despedimento (cujo rascunho também já está feito!).

Uma semana de trabalho dos diabos

  • Trabalhei 7 dias consecutivos.
  • Em 3 desses 7 dias tive de aturar a chefe que está constantemente a massacrar-nos com coisas irrelevantes porque lhe faz imensa comichão ver-nos a descansar nem que seja 5 minutos. Os restantes dias, viu o que se passava lá através do sistema de vigilância e se estávamos mais descontraídos, ligava para nos mandar fazer uma treta qualquer.
  • Em 2 desses dias tive de ir fora do meu horário de trabalho ter reuniões. A reunião de ontem durou das 22h à meia-noite, foi acerca das equipas de trabalho e dos horários e garanto-vos que o que ficou decidido não vai durar sequer 2 meses. Mas como eu estava mesmo muito cansada e queria vir embora, calei-me, acenei que concordava e vim para casa com a intenção de me dedicar ainda mais afincadamente à procura de outro emprego.

   Basicamente a minha vida esta semana foi muito cansaço, ansiedade, irritação e dores de cabeça, que é coisa rara em mim. Mas eu sei qual é a solução e já estou a trabalhar para isso. Mas depois admiram-se que as pessoas entrem em burnout, surpreendente era se isso não acontecesse.

Imagem retirada do site Workwell.pt

Chegou 2022!

   E foi bem passado em casa! Descobri que isto da idade tem o seu peso, já não posso beber e comer em demasia porque senão tenho uma noite pouco descansada. Mas pronto, é só uma vez, muito raramente e ainda vou aguentando.

   2021 foi o ano em que perdi a minha coelha de estimação. Custou-me horrores, ainda custa quando penso nisso mas por outro lado fico aliviada por ela não ter sofrido muito e por lhe ter dado a melhor vida que pude durante 4 anos. 

   2021 foi também o ano em que mudei de emprego e, azar dos azares, mudei para pior sem intenção. No entanto, houve uma evolução em mim que sou completamente aversa a correr riscos, e saí de um emprego seguro mas que não me satisfazia, em busca de algo melhor, que acabou por não o ser mas deu-me a certeza que não me posso conformar com algo que não é aquilo que quero só porque tenho medo de arriscar. E mesmo as coisas não correndo como o esperado, sei que há sempre uma solução, que neste caso será encontrar outro emprego. Além disso, deu-me a motivação para começar a explorar uma outra área da qual estou a gostar e penso que se adequa mais a mim.

    Em 2021, as quezílias entre os meus familiares adensaram-se. É difícil encontrar um ponto positivo no meio disto mas ainda assim consigo perceber que me aproximou mais dos meus pais e também do meu homem, o qual decidi colocar a par de toda a situação, e fez-me ter a certeza de que um dia quando tivermos filhos e uma família maior, teremos a vida um bocadinho mais facilitada porque temos crenças e ideais semelhantes.

    2022, o fatídico ano em que vou entrar nos 30. Não criei resoluções nenhumas para este ano. Gostava de ir viajar com o meu homem no nosso aniversário de namoro ou no meu aniversário (só para me esquecer que já não estou nos vintes) mas se ficar por cá, tudo bem. Gostava de encontrar outro emprego, e espero mesmo, mesmo, mesmo que isso aconteça. Se não se concretizar, bem, eu aguento que eu sou "osso duro de roer". Eu e o meu homem gostávamos de encontrar uma casa para nós, para finalmente termos o nosso cantinho, mas sei que está difícil e se ficarmos onde estamos, também não é a pior coisa do mundo porque a renda do apartamento é razoável e permite-nos poupar mais um bocadinho para depois comprarmos casa. Gostava que todos na minha família se dessem bem. 

    Ao entrar num novo ano, todos nós desejamos que seja melhor que o ano anterior. Mas dei por mim a pensar "e se 2022 não for melhor, se for igual?" e cheguei à conclusão que isso não seria a pior coisa. Se 2022 não for melhor, que seja igual, mas nunca pior!

Imagem retirada do site Ericeiramag.pt