Como já não venho a horas de desejar um Feliz Natal (porque estive a trabalhar no dia de Consoada e desde então foi sempre a correr), venho só dizer que espero que tenham tido um bom Natal e que a sensação de enfartamento já esteja a passar
Primeira imagem que aparece no Google quando se pesquisa "Natal à portuguesa". Porque será?
Agora, as colegas mais velhas querem também dar uma prenda aos chefes no jantar de Natal que vão fazer com eles (e ao qual não vou, pois claro, que eu sou uma pessoa teimosa e, principalmente, coerente), e portanto é suposto todos os funcionários contribuírem monetariamente para essa tal prenda.
Há tanta coisa ridícula neste emprego que já só me dá para rir (mas antes isso que dar para chorar). Neste caso em concreto porque fiquei a saber que todos os funcionários mais antigos já receberam o subsídio de Natal. As pessoas que entraram este ano na empresa, como é o meu caso, ainda estão "a ver navios". Aliás, estou ansiosamente à espera de dia 15 que é o limite legal para nos pagarem o subsídio de Natal.
Portanto, não só ainda não recebi o que é meu por direito, como ainda tenho de retirar do pouco que recebi para pagar a prenda de Natal dos chefes que me estão a fazer a vida negra. Parece um enredo de novela, mas não, é mesmo a vida real pura e dura.
E já agora, alguém me sabe dizer se isto de se reunirem todos para dar prendas aos patrões é normal? É que o meu homem diz que em todos os locais onde trabalhou isso nunca aconteceu, e da experiência que eu tenho, isto já aconteceu em vários empregos...
Desta feita, é a própria chefe que quer marcar um jantar de Natal com todos os empregados. Diz que está até disposta a pedir autorização à direcção do centro comercial para podermos fechar mais cedo e irmos ao jantar. Não se preocupem, eu estou aqui para ajudar! Há um dia em que estou a trabalhar até à meia-noite, podem marcar o jantar para esse dia, que eu dou o corpo às balas e fico a trabalhar (mas só porque prefiro mil vezes estar a trabalhar, mesmo saindo à meia-noite, do que ir a um jantar com tanta pessoa falsa)!
Juro que nunca vi uma empresa onde os patrões e os empregados falassem tanto mal nas costas uns dos outros e em simultâneo gostassem tanto de marcar jantares em conjunto. Pai Natal, para o ano só peço uma coisa: que pela altura do Natal (se possível até muito antes disso) já não esteja a trabalhar nesta empresa.