Há exactamente um ano atrás, estava eu desempregada e escrevia isto:
"Anteontem vi uma publicação no Facebook de uma das instituições onde ia fazer sessões de estimulação cognitiva como psicóloga com uma vaga para auxiliar de geriatria. Pensei e repensei se devia enviar candidatura e ontem lá me decidi a enviar, visto que não tinha nada a perder. Passados uns minutos liga-me a directora técnica a perguntar se eu realmente me tinha candidatado para auxiliar de geriatria. Confirmei, disse que tinha ficado desempregada e como já tinha alguma experiência a lidar com idosos achei que era algo que tinha competências para fazer.
Lá me chamaram para hoje ir a uma entrevista. Se é o melhor trabalho de sempre? Não. Mas é um trabalho decente, é melhor que ficar em casa a deprimir e assim sempre ganho um salário e convivo com alguém durante o dia. Vergonha é não trabalhar e depender dos outros ou ganhar dinheiro por meios ilegais. Os meus pais ensinaram-me que não é vergonha nenhuma trabalhar, mesmo que sejam trabalhos não qualificados, pois foi assim que conseguiram criar-me, pagar-me um curso e ainda ajudar-me financeiramente quando precisei durante o estágio profissional.
Dar um passo atrás para no futuro dar dois passos em frente é ter coragem."
E um ano depois, mesmo não tendo corrido da melhor forma, não me arrependo de o ter feito. Só espero um dia conseguir educar os meus filhos com os mesmos valores com que fui educada.
Estão a ver os produtos do mesmo género da imagem acima? (não estou a fazer promoção a nenhum, foi a primeira imagem que encontrei que se adequava à minha ideia).
Bem, no outro dia comprei bolos desde género, costumava comer em casa dos meus avós quando era mais nova e deu-me a saudade de voltar a comer. No entanto, provavelmente não volto a comprar. E porquê? Não porque os bolos não sejam bons, mas porque a quantidade de cartão e plástico que é usado para embalar o produto é de bradar aos céus.
Primeiro, traz a embalagem de plástico de fora, depois dentro tem uma forma grande em cartão onde vêm as embalagens mais pequenas que têm os ditos bolos e cada uma dessas embalagens é feita de plástico e dentro de cada uma ainda tem mais uma forma de cartão! Eu sei que é para evitar que os bolos fiquem amassados e para se poder transportar as embalagens individuais de forma mais prática mas caramba, que desperdício de papel e plástico. E embora tenha reciclado os plásticos e os cartões das várias embalagens, penso ser mais adequado alterar determinadas políticas de embalamentos dos produtos que incentivam ao desperdício.
Por aqui costumamos limpar a casa uma vez por semana, vamos limpando umas coisitas durante a semana mas há sempre um dia onde limpamos a casa de uma ponta à outra. E sinto uma grande satisfação quando vejo a casa limpinha.
Satisfação essa que dura muito pouco porque com um gato em casa há sempre sujidade. Por exemplo, há pêlo em TODO o lado! É incrível como o pêlo se entranha em qualquer lugar. Faz lembrar aquelas vezes em que se vai à praia, nos limpamos o mais possível antes de vir embora, tomamos banho assim que chegamos a casa e mesmo com todos os cuidados, encontramos areia nos locais mais estranhos durante os 3 dias seguintes. Com o pêlo é a mesma coisa, limpamos a casa e passados 5 minutos vemos tufos de pêlo a voar.
Já para não falar no facto que o nosso gato não aprendeu a limpar as patas depois de ir fazer as necessidades. O gato dos meus pais é fantástico nesse aspecto, sai da caixa de areia com as patas limpinhas. No caso do meu gato, mete a areia para fora da caixa e traz tanta areia nas patas que nós conseguimos fazer uma reprodução fiel do trajecto que ele fez apenas seguindo os vestígios de areia. Provavelmente está relacionado com o facto dele ter sido abandonado relativamente cedo e nunca ter aprendido com outros gatos a usar a caixa de areia.
Para mim, que sou de certa forma maníaca das limpezas ao ponto de um dia desta semana estar a fazer exercício em casa e ter reparado num tufo de pêlo debaixo do sofá e ter parado tudo para ir limpar aquilo, isto é um treino. Para quê? Para quando tiver filhos. Porque se há coisa que as pessoas me dizem é que depois de ter filhos, a casa nunca mais volta a estar num estado imaculado. E considerando que queremos ter filhos mas a situação actual ainda não o permite, vamos-nos já habituando a determinadas coisas.
Sou toda a favor de tomar medidas para salvar o ambiente. Também concordo que de facto, no comércio se dá sacos de papel por tudo e por nada (às vezes o cliente levava apenas um cordão para os óculos e pedia uma saqueta de papel para o levar).
Mas se um frasco de líquido para limpar os óculos ou uma caixa de lentes de contacto vai bem na mão, o mesmo não se pode dizer dos óculos. Quando o cliente compra um par de óculos, que não é um bem de todo barato, além dos óculos que vão dentro do estojo, leva também a receita da optometrista, o pano e o líquido de oferta para limpeza do óculo, o cartão de garantia das lentes e a factura. Estão a imaginar entregar isto tudo em mão ao cliente?
Eu não consigo imaginar mas é o que vai acontecer. E pior, os clientes vão reclamar e com uma certa razão. Alguns pagam 500€ ou mais pelos óculos e nem um saco de papel lhes podemos dar para levar as coisas para casa sem perder algo pelo caminho?
Como disse, sou das pessoas mais a favor de que se tomem medidas ambientalistas e o mais rápido possível mas há que ter noção das situações. E no caso do local onde trabalho, das duas uma: ou abrir excepção para darmos um saco de papel no caso da compra dos óculos ou a empresa que arranje sacos de outro material que não plástico ou papel para oferecer. Porque de momento as únicas soluções que temos é entregar tudo sem saco ou perguntar ao cliente que já vai deixar ali umas centenas de euros, se não quer pagar mais 10 cêntimos por um saco.