Ontem fui caminhar com o meu homem. Fizemos uma caminhada de mais de uma hora. Aliás temos tentado fazer caminhadas regularmente, até porque ele está em teletrabalho e precisa de se mexer.
Desde há uns tempos que me anda a doer a anca esquerda, pelo que encontrar posições adequadas para dormir agora é um martírio. E por vezes a dor surge quando faço caminhadas mais longas. Ontem nem foi esse o caso.
Desta feita começaram a doer-me as articulações do joelho esquerdo, se bem que a saga dos problemas nos joelhos já vem de trás, desde a escola secundária e daí ter optado por na altura fazer hidroginástica porque não coloca tanta pressão nas articulações. Mas tenho lidado relativamente bem com isso.
E depois as cãibras. Nossa senhora, o que eu sofro com isso! De vez em quando, lá aparece uma que me "prende" a perna toda durante uns cinco minutos. Às vezes até quando estou a dormir isso acontece, acordo do nada com dores e depois tenho de estar um tempo a massajar a alongar e massajar os músculos da perna.
Isto tudo só para dizer que ontem depois da caminhada, decidi fazer um treino de 15 minutos focado nos abdominais para que o exercício fosse mais completo. Mas só consegui fazer metade porque tive uma cãibra no pé a meio do exercício e não consegui terminá-lo porque nunca mais passava.
É realmente chato perceber que estamos a envelhecer e que por muito que tentemos comer de forma saudável e fazer exercício regularmente, há situações que não conseguimos evitar. É a porra da idade.
Imagem retirada do site Deerlodgecenterfoundation.com
Começo por esclarecer que embora faça parte da geração nascida nos anos 90, nunca fui o que se pode considerar uma fã da Britney Spears, mas gosto de algumas músicas dela, são verdadeiros hits daquela época. Vi o documentário do The New York Times há uns dias por curiosidade e fiquei chocada. De facto, a Britney teve a vida dela escrutinada ao pormenor, foi perseguida em praça pública, não sei quantos de nós aguentariam tal coisa. Alguns pontos que sobressaíram para mim foram:
O foco nas questões de género e sexualidade. Desde quando é admissível perguntar a quem quer que seja se é virgem? Isso faria com que tivesse uma voz mais poderosa? Ou questionar se colocou implantes mamários, mas que raio? Ou perguntar o porquê de ter enveredado por uma imagem pública mais sensual, isso é proibido? E quando uma mulher quer tomar as rédeas da sua vida é uma diva, se for um homem é simplesmente porque tem sentido de iniciativa.
A diferença de tratamento que recebeu depois do término da relação com o Justin Timberlake. Sou fã do Justin, mas de facto ele não agiu da melhor forma. Independentemente de ter sido a Britney a causa da ruptura ou não, lavar roupa suja em praça pública não é aceitável. Até porque parece que todo o mundo partiu do princípio que ela era culpada e lhe tinha partido o coração mas duvido que ele tenha sido um anjinho durante esse período.
Surpreendeu-me uma entrevista que ela deu no início da carreira, em que dizia que o maior sonho dela era casar e constituir família e que adorava a música mas apenas se via a fazer isso como part-time. E que sentia que estava a perder muita coisa na vida. Acredito que a maioria das pessoas não perceba o que ela quis dizer com isso mas a verdade é que nos primeiros anos de carreira ela lançou imensos albúns, fez digressões, duvido que tivesse tempo para simplesmente aproveitar a vida. E assim que teve oportunidade de abrandar a vida profissional, casou, talvez com a pessoa que não era mais adequada, e teve dois filhos, muitos próximos um do outro. E divorciou-se logo a seguir. Tudo isto enquanto era perseguida por paparazzi e via a vida dela comentada por todo o mundo.
As filmagens das perseguições que os paparazzi lhe faziam são horríveis, como é possível que não existiam formas de proteger as pessoas disto? Sobretudo as filmagens dela sentada num café, com o filho ao colo, rodeada de paparazzi, a chorar sem saber o que fazer... dá vontade de a proteger tendo em conta o quanto o mundo se aproveitou dela, os media e as pessoas que faziam parte da equipa dela. Mostra também o quão importante são as pessoas que nos rodeiam.
O incidente do guarda-chuva e o rapar o cabelo. Parece-me que era provável que ela não estivesse nas suas plenas capacidades quando o fez, mas aquilo era a imagem de uma pessoa em profundo desespero sem saber o que mais fazer para a deixarem em paz.
A tutela do pai sobre ela. Na altura em que foi aprovada, acredito que fosse necessária para a proteger de si mesma e das pessoas no círculo dela que apenas se queriam aproveitam. A verdade é que nem me passou pela cabeça que essa tutela ainda estivesse em vigor. Quer dizer, passado pouco mais de um ano de ela ter sido internada por motivos psiquiátricos, já ela estava a preparar um novo álbum e digressão. E depois veio outro álbum. E a série de concertos em Las Vegas. E participações em séries de televisão. Mais de uma década depois ainda se justifica esta tutela? Não há certezas não tendo acesso a todas as informações. No entanto as tutelas são muito comuns no caso de pessoas idosas, que vão perdendo as suas capacidades cognitivas com o tempo, o que significa que normalmente a tutela nunca é revogada porque continua a ser necessária, ou então pessoas com défices cognitivos significativos sem prognóstico de melhoria. Mas no caso da Britney, pelo menos o que vemos em público, é que ela voltou a adquirir as suas faculdades mentais. Então para quê a tutela? Será por interesses financeiros?
Tudo isto são suposições. Mas este documentário fez-me olhar para a vida da Britney de outra forma. Sinto que realmente muita gente, e a sociedade em geral, falhou com ela. E percebe-se o porquê de ela ter desaparecido das luzes da ribalta nos últimos anos. Espero que isto nos sirva de lição para olhar para a saúde mental e para os limites que se devem impor aos media com outra perspectiva.
Li em algum lado que cada vez mais as coisas são feitas para não durar. Antes um frigorífico durava uma vida, agora se durar alguns anos é de bradar aos céus. E começo a concordar com essa ideia.
Depois da minha anterior máquina depiladora ter saído um autêntico achado porque durou mais de 10 anos, com a que adquiri há menos de um ano, da mesma marca da antecessora, já houve problemas. Há uma semana e tal estava a meio da depilação quando senti uma dor. Desliguei a máquina e reparei que a rede metálica da capa de protecção da máquina se tinha rasgado. Felizmente apercebi-me a tempo, antes que as lâminas me cortassem.
Na semana passada levei a máquina depiladora à loja porque ainda está dentro da garantia e ficaram de a enviar para a marca. Hoje enviaram-me uma mensagem a dizer que o fornecedor deu um orçamento de 28,16€ para arranjar uma nova capa protectora para a máquina. Ou seja, paguei 33,50€ pela máquina completa e ia pagar quase o mesmo apenas pela capa de protecção da cabeça de corte da máquina depiladora. Dizem eles que a garantia só cobre avaria mecânica e aquilo é uma avaria física. Portanto se eu tivesse atirado a máquina depiladora contra uma parede e ela não voltasse a ligar, subtituíam-na. Mas como foi só a rede metálica que rasgou, tenho de ser eu a pagar.
Fui à loja onde comprei a máquina. Eu não sou de reclamar, trabalho no atendimento ao público e chateia-me ter de reclamar, por isso recusei o orçamento e pedi para me avisarem quando a máquina chegar para a ir buscar, ainda sem solução. Definitivamente vou pensar duas vezes antes de voltar a comprar lá alguma coisa, porque já comprei noutras lojas e usufruí de um melhor serviço pós-venda. E ainda estou a ponderar enviar um email com feedback para a marca, pode não dar em nada mas pelo menos exponho as minhas opiniões.
"Quarentona: da união do substantivo quarentena com o substantivo corona.
Dia 3 e já estou cansada. Logo eu que até gosto de estar por casa. Mas isso era porque também passava imenso tempo fora de casa a trabalhar. No fundo isto é psicológico, se me dizem que não posso fazer, então a vontade de o fazer aumenta."
Quem diria naquela altura que íamos passar um ano nisto? Bem, talvez os especialistas já o soubessem. Acho que já nem consigo imaginar um regresso à "normalidade" pré-Covid.
Sinto que sabia melhor o que queria quando tinha 18 anos do que agora que tenho 28.
Por outro lado, naquela altura era um bambi que não sabia nada da vida. Agora continuo a ser um bambi que pouco sabe da vida mas que já levou alguns safanões dela e percebeu que não é tudo unicórnios e arco-irís.