A minha mãe faz hoje mais um teste ao Covid. Honestamente o resultado não interessa muito, com os sintomas que ela tem evidenciado nos últimos dias nós já sabemos: vai dar positivo.
Ela trabalha num lar de idosos. Na semana passada, uma das colegas dela testou positivo. Todas as funcionárias foram testadas, em seguida testaram os utentes. Nessa altura a minha mãe testou negativo. Mas passados alguns dias, os sintomas começaram a surgir. Nem vou mencionar o facto de quererem que mesmo com sintomas ela continuasse a trabalhar porque têm falta de recursos humanos. Ela recusou e fez muito bem.
Agora o dilema: devemos prestar assistência a alguém que testou positivo ou evitar o contacto? Eu não ficava descansada se não visse com os meus próprios olhos como ela está. Ela faz parte de um grupo de risco porque foi diagnosticada com problemas do foro respiratório. Está sozinha porque devido ao trabalho o meu pai passa muito tempo fora de casa, embora tenha alguns familiares que vivem perto e vão prestando assistência.
Mas ainda assim fui lá vê-la e aproveitei para lhe levar algumas coisas essenciais como máscaras descartáveis, paracetamol e um termómetro. Fizemos os possíveis para evitar o contágio, mantivemos a distância, ela desinfectou a maior parte da casa (mesmo com a febre e o cansaço inerentes ao Covid), usámos máscara, lavei as mãos várias vezes e estive lá o mínimo de tempo possível.
Sei que este não é um tema consensual. No entanto não me sinto culpada de ter ido vê-la muito pelo contrário, sinto-me agora aliviada por ver que ela já está melhor e por ter feito o que a minha consciência mandava. Eu sou filha única, devo e quero prestar auxílio aos meus pais. E só tenho uma mãe, por isso não me peçam para a deixar sozinha, nem mesmo devido a este bicho que é o Covid.
Soube ontem que no meu local de trabalho já existe um caso de Covid confirmado. Uma outra colega está em isolamento porque esteve em contacto com o caso positivo, o marido dela, que também trabalha lá, vem trabalhar como habitualmente.
Será de mim ou os argumentos para seleccionar quem vai trabalhar ou não em caso de probabilidade de Covid são um "bocadinho" aleatórios?
Quando andámos à procura de apartamento, uma das coisas que me preocupava mais era o facto de escolher um local que aceitasse animais de estimação, visto que tenho uma gata e uma coelha anã. Por isso, por muito que gostasse de um anúncio de um apartamento, ficava automaticamente excluído se o senhorio não aceitasse animais.
Portanto, quando vimos o anúncio do apartamento que acabámos por arrendar e percebemos que não tinha nenhuma contra indicação para animais de estimação, ficámos logo entusiasmados. O processo de visita ao apartamento e o pagamento da caução foi realizado com a filha dos senhorios, que naquela altura estavam de férias e nunca nos lembrámos de perguntar acerca dos animais de estimação. A única coisa que ela nos disse foi que o pai não gostava muito mas não se opunha.
Passando para a parte em que já estávamos instalados e fomos assinar o contrato (que não é exactamente legal porque não está registado e o senhorio não declara a renda ao fisco), os nossos olhos bateram na claúsula que proíbe animais de estimação. Naquele momento caiu-me tudo. Durante um mês, o senhorio nunca nos disse que não podíamos ter animais no apartamento. Depois, entrou em acção a minha faceta de desenrascada: facilmente posso ter a coelha no apartamento porque não faz barulho e a maior parte do tempo está na gaiola; a gata fica em casa dos meus pais enquanto arranjamos uma forma de a ter connosco no apartamento, e a solução foi ter um parque de tecido para ela estar dentro de casa e comprar uma coelheira de madeira para ter no terraço para ela passar algum tempo ao ar livre, até porque o terraço é espaçoso.
No entanto, a grande questão aqui é, num país que nos últimos anos tem tentado dar mais importância aos animais de companhia e evitar as elevadas taxas de abandono, como é que não existe legislação que proteja as pessoas que têm animais deste tipo de senhorios? Claro que as casas são propriedade deles e têm direito a escolher quem querem lá, mas nesse caso deveriam ser mais claros com o que aceitam ou não. Além disso, existem as cauções (e devo dizer que o contrato que assinámos tem várias claúsulas acerca desse ponto) que caso alguma coisa se estrague protege os senhorios. Claro que se os meus animais estragarem alguma coisa, eu pago, sou responsável por eles, assumo esse compromisso. Também sei que nem todos o fazem.
Só queria poder ter os meus animais de estimação comigo, porque para mim são membros da família. E abandoná-los está fora de questão, antes procurar outro apartamento que deixá-los para trás.
O resumo da última semana (mesmo muito resumido) reza assim:
No dia 1 de manhã acabámos de arrumar as tralhas que tínhamos no outro apartamento. Já no dia anterior a senhoria nos tinha ligado para saber quando "íamos dar de frosques". Então solicitámos a ajuda da minha mãe e conseguimos colocar quase tudo em 3 carros. Eu e o meu homem tivemos de voltar lá à tarde para ir buscar mais umas coisas. Mas, azar dos azares, eu arrumei a cozinha sozinha e nem me lembrei do armário das desgraças, ou seja, o sítio onde tínhamos os chocolates, as gomas e onde o meu homem tinha as bolachas dele. E só nos lembrámos disso no dia a seguir quando arrumámos tudo no novo apartamento. Já avisámos a senhoria, espero que o novo inquilino não decida comer o que lá deixei porque não foi um cabaz de boas-vindas, foi só mesmo o meu esquecimento e a pressa.
Quando chegámos ao novo apartamento ainda andavam cá em obras, portanto tivemos de descarregar tudo e deixar na garagem e só depois das 18 horas, quando os senhorios e os homens que andavam a pintar as paredes se foram embora, pudemos fazer de facto as mudanças. A garagem fica pelo menos a 200 metros do elevador, o nosso apartamento é o andar de cima de um duplex com umas escadas bastante apertadas, por isso podem imaginar o horror que foi descer e subir tudo dezenas de vezes para trazer as coisas todas para o apartamento e levar coisas dos senhorios que não queremos cá a ocupar espaço.
Nós tínhamos conversado sobretudo com a filha dos senhorios, porque eles estavam de férias, e ela é uma porreira. O mesmo não se pode dizer dos pais, são picuinhas até mais não! Em 6 dias, vieram 3 dias cá e já mandaram mensagem a dizer que têm de vir hoje ou amanhã para arranjar as lâmpadas do espelho da casa de banho. Que se %#$#&$%& as lâmpadas, eu quero é privacidade e descanso! Mas eles não arredam pé e o próximo passo se isto continuar é mudar a fechadura da porta.
Algo que nunca foi discutido foi o tema de animais de estimação. Temos uma gata e uma coelha, a filha dos senhorios sabia e apenas disse para não comentarmos nada que eles não gostavam muito mas não se opunham. Isto é, até assinarmos o contrato (que no fundo não vale nada porque não nos passam recibos) e vermos a cláusula que dizia que não são permitidos animais de estimação. Eu, teimosa como sou, já consegui trazer a coelha e já estou a tratar de uma solução para trazer a gata que por enquanto está em casa dos meus pais. Mas mais sobre este assunto noutro post.
A MEO é uma m****. Aliás, todas as empresas do mesmo género são. Ligámos mais de uma semana antes para pedir a mudança de morada. Ficou agendada. Depois recebemos uma mensagem a dizer que havia um problema. Depois de várias chamadas e várias idas à loja, ninguém resolveu nada. Ficámos 5 dias sem o serviço. Mas não vamos pagar esses dias. Se eles não estiverem de acordo, pela primeira vez vou escrever num livro de reclamação, com muito gosto e toda a razão.